Existem duas Estratégias de Desenvolvimento de um Pais. Essas duas Estratégias estão Indexadas em dois Modelos Económicos, também distintos.
Um desses dois Modelo, centra a competitividade da economia nos baixos salários. A lógica é que a baixa qualificação indexa numa base de negócio de mão de obra intensiva, logo “low cost” . Como este Modelo requer no produto final um baixo teor tecnológico, a riqueza exportada é também de teor baixo. Assim, o valor acrescentado no Produto Interno Bruto é também modesto. Mas aqui reside outro problema. Se este Modelo foi relativamente útil quando o patamar primava pela ausência de recursos qualificados e um Portugal de há 30 anos profundamente subdesenvolvido, agora o mesmo seria desastroso quando esse nível de qualificação nos posiciona noutro patamar. Mais ainda, na actual lógica do mercado global, mesmo que o nossa Estratégia retorcesse existiriam sempre outros a fazer com custo mais baixo : China , Norte África, Este Europeu , etc. Este é o Modelo que , agora, nos propõem. Uma aposta no “downgrade” da Qualificação e um “upgrade” no trabalho intensivo sem valor acrescentado. Trabalhar mais por menos dinheiro e menos direitos, para assim termos um País moderno, progressista, inovador e dinâmico !!!!!.. Não será esta a apoteose da cegueira?!….O resultado futuro será proporcionalmente Inverso, ou seja , um País seguramente mais pobre, retrógrada e desigual.
O Outro Modelo focaliza-se na cadeia de valor do Produto. Não são, aqui, lugares comuns a qualificação e Inovação. Não são valores vãos, a concepção, o design, e o desenvolvimento de marcas e produtos. Deixo-vos um exemplo de sucesso. O sector do calçado estava condenado á insolvência á seis anos atrás, porque o negocio era apenas sustentado pelos salários baixos e desqualificados. Hoje representa um notável contributo para o PIB e exportações, precisamente porque se inverteu a Estratégia. Promoveram-se marcas nacionais e com trabalho qualificado criaram-se novas apostas em segmentos de mercados. Investiu-se, não se desinvestiu. Incentivou-se, não se alienou a esperança. Não se baixaram os salários mas apostou-se nos salários qualificados com mais remunerações. Não se reduziram os dias de trabalho, apelou-se e promoveu-se o empreendedorismo. Criou-se valor.
No limite, deixo-vos outro elucidativo “case study” . Uma mala Louis Vuitton custa numa loja credenciada nos Chans Ellise €2.000. No “breakdown” do custo do Produto apenas €100 é representado pelas matérias primas e mão de obra que compõem os Materiais. Os restantes 95% da cadeia de valor da mala são: Promoção, Inovação, Marketing , Desenvolvimento, Design , Investimento, Prestigio logo lucro , … Pergunto : qual deve ser a estratégia para um País que tem um razoável nível de qualificação? apostar nos 5% da cadeira de valor , mesmo podendo ser esmagado por outros mercados , ou apostar nos outros 95% da cadeia de valor , estimulando o talento e a qualificação dos recursos ? Onde é que está o potencial de crescimento : Nos 5% ou nos 95% da cadeia de valor?!
Infelizmente esta não é a visão actual, e repugna-me quando um PM apela ao empobrecimento como Estratégia de Desenvolvimento. Ainda mais, como cereja no cimo do bolo, um Secretários Estado incentivar os jovens para Emigrar,… abaixo deste “statement”, nada.
Um abraço
Joaquim
domingo, 4 de dezembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
A mentira Colossal
Culpar sempre os outros, para explicar e desculpar as próprias medidas. Este é o mais básico e clássico truque, que mais não é que a pior das qualidades do Português: sempre “eles” os malvados, e nós os iluminados. Ou a dicotomia entre os bons e os maus. Mas o pior não é essa avaliação facciosa, mas a mentira que a sustenta.
O governa refugia a sua acção num buraco de três mil milhões de euros. Ou a falaciosa teoria de se já ter gasto 70% do défice anualizado. O que é que eles viram que a Troika não viu ? O que é que eles viram para além dos 1,6 mil milhões reportado pela da União Europeia? E calma, os mesmos 1,6 mil milhões são explicados por 3 curiosas componentes: o buraco da Madeira, o Buraco do BPN, e a quebra de receita não corrente. Onde está na execução orçamental a responsabilidade do anterior Governo!? O anterior executivo em 2011, governou 3 meses, mais dois meses em governo de Gestão. É preciso muita lata para alguém se desculpabilizar com este embuste de suposto desvio.
Mas é na substância que está o previsível desastre. O Mentira colossal vai indexar num erro colossal. Explico porquê. Na minha perspectiva, como Economista, as reformas e nomeadamente as da administração Publica, devem ser feitas em alturas de expansão económica. É nestas circunstâncias que o estado tem de equilibrar e até criar um folga nas contas publicas, para poder á posterior ser uma almofada de injecção de cash na economia quando esta entra em contracção. O estado deve ser o contra ciclo dos ciclos da Economia.
Os Governos de Cavaco e Guterres não fizeram este trabalho. E de aqui resultaram os problemas de crescimento e consequente Endividamento.
Voltando ás medidas do Governo. O problema não está na equidade dos sacrifícios. O problema está neste voluntarismo inútil de se querer mostrar mais serviço que o requerido pela Troika. Esse voluntarismo idiota vai levar o País para o abismo. Esse abismo levará ao Incumprimento. Estas medidas vão acelerar o actual ciclo recessivo. Não havia necessidade. O Financiamento foi garantido cumprindo o memorando assinado com a Troika. Mais do que isso levará a cisões sociais. O clico passa a ser Invertível. E desta forma: mais austeridade traduz-se em mais recessão. Mais recessão implica mais défice. Mais défice potencia mais divida. Mais divida requer novamente mais austeridade. É um beco sem saída. Ou a única saída é o dowgrade da sociedade. O empobrecimento é o único output do referido ciclo. Tem razão o Primeiro Ministro quando defende que a saída da crise da Divida passa pelo empobrecimento País. Tem razão na tese, mas falha redondamente na cura. Estas medidas de autoridade não são preventivas, mas sim o acelerador definitivo para o default. Assim sim, o empobrecimento é irreversível.
Isto, meus amigos, foi rigorosamente a solução suicida para a Grécia. E hoje é o próprio FMI que reconhece que o garrote financeiro da Grécia não resultou. Mais, hoje é o próprio FMI que não quer repetir a asneira em Portugal, sugerindo estímulos ao crescimento. Eles não querem, mas o nosso Governo sim, quer. Repito: a mentira colossal vai indexar num erro colossal.
Um abraço
O governa refugia a sua acção num buraco de três mil milhões de euros. Ou a falaciosa teoria de se já ter gasto 70% do défice anualizado. O que é que eles viram que a Troika não viu ? O que é que eles viram para além dos 1,6 mil milhões reportado pela da União Europeia? E calma, os mesmos 1,6 mil milhões são explicados por 3 curiosas componentes: o buraco da Madeira, o Buraco do BPN, e a quebra de receita não corrente. Onde está na execução orçamental a responsabilidade do anterior Governo!? O anterior executivo em 2011, governou 3 meses, mais dois meses em governo de Gestão. É preciso muita lata para alguém se desculpabilizar com este embuste de suposto desvio.
Mas é na substância que está o previsível desastre. O Mentira colossal vai indexar num erro colossal. Explico porquê. Na minha perspectiva, como Economista, as reformas e nomeadamente as da administração Publica, devem ser feitas em alturas de expansão económica. É nestas circunstâncias que o estado tem de equilibrar e até criar um folga nas contas publicas, para poder á posterior ser uma almofada de injecção de cash na economia quando esta entra em contracção. O estado deve ser o contra ciclo dos ciclos da Economia.
Os Governos de Cavaco e Guterres não fizeram este trabalho. E de aqui resultaram os problemas de crescimento e consequente Endividamento.
Voltando ás medidas do Governo. O problema não está na equidade dos sacrifícios. O problema está neste voluntarismo inútil de se querer mostrar mais serviço que o requerido pela Troika. Esse voluntarismo idiota vai levar o País para o abismo. Esse abismo levará ao Incumprimento. Estas medidas vão acelerar o actual ciclo recessivo. Não havia necessidade. O Financiamento foi garantido cumprindo o memorando assinado com a Troika. Mais do que isso levará a cisões sociais. O clico passa a ser Invertível. E desta forma: mais austeridade traduz-se em mais recessão. Mais recessão implica mais défice. Mais défice potencia mais divida. Mais divida requer novamente mais austeridade. É um beco sem saída. Ou a única saída é o dowgrade da sociedade. O empobrecimento é o único output do referido ciclo. Tem razão o Primeiro Ministro quando defende que a saída da crise da Divida passa pelo empobrecimento País. Tem razão na tese, mas falha redondamente na cura. Estas medidas de autoridade não são preventivas, mas sim o acelerador definitivo para o default. Assim sim, o empobrecimento é irreversível.
Isto, meus amigos, foi rigorosamente a solução suicida para a Grécia. E hoje é o próprio FMI que reconhece que o garrote financeiro da Grécia não resultou. Mais, hoje é o próprio FMI que não quer repetir a asneira em Portugal, sugerindo estímulos ao crescimento. Eles não querem, mas o nosso Governo sim, quer. Repito: a mentira colossal vai indexar num erro colossal.
Um abraço
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Já chegamos á Madeira.
«A Madeira é um exemplo de desenvolvimento e de Gestão de dinheiros públicos». Sabem o Autor(a) desta citação? Manuela Ferreira Leite em Setembro de 2009. Pelo menos não falta coerência: o espectáculo deplorável da Madeira está ao nível desse grande embuste de estadista que nos queriam vender.
Não venham agora com a conversa a treta da Democratização da culpa. Não venham agora com o Tribunal de contas, INE, ou outros. Não democratizem a culpa quando esta tem um rosto. Não estendam responsabilidades Politicas quando estas têm uma cor. Não desculpabilizem, defendendo á boa maneira Portuguesa que afinal são todos iguais. Muitos achavam Graça. Só que esta Graça vai ficar agora muito cara. Não me parece é que os que contribuíram para o circo queiram agora pagar. Ou os que gostam deste espectáculo deprimente, estejam na frente dos sacrifícios para tapar o buraco. Penso que para além da tragédia financeira esta é uma questão de sanidade mental. Esconder despesa ao governo central e União Europeia é crime. É crime violar grosseiramente obrigações legais. E é eticamente deplorável. Mais ainda, quando confirmado que foi feito deliberamente, sem qualquer sinal de arrependimento, constrangimento ou vergonha. Isto não é autoritarismo, mas má educação. Não é uma forma de fazer Política, mas sim o caciquismo do pior da Política. Não é querer ser-se inimputável, mas sim grotesco e boçal. Não é querer ser-se engraçado, mas ser-se palhaço. Nem sequer é ser-se um básico de baixo nível com falhas de formação, mas sim um palerma.
E como é feita a defesa por toda esta entourage?! Pois bem, vou explicar e seguro que estarão de acordo. Qual é a velha técnica? Muito simples : criar um Inimigo comum. Um demagogo para arregimento das forças internas cria um inimigo comum. O Insulto passa a ser arma para gerar mais ódio , e esconder a própria mediocridade. Assim os que não alinham pelo discurso oficial são intitulados como os traidores. O tal inimigo comum foi, é, e será Jose Sócrates. Mas que grande homenagem ao ex. PM! Sem duvida que o azeite vem sempre ao de cima. Apenas um único Político repudiou a tempo este desastre. Sim, o mesmo que foi culpado pela crise interna e global (!). Sim, o mesmo que confrontou o lóbi cooperativista. Sim, o mesmo e único que quis inverter o Status Quo. Logo desagradou porque governou em circunstâncias tremendamente difíceis. O Homem que “carregou” sozinho a crise e as frustrações de muitos, para que o colapso fosse evitado, mas que não desistiu ou fugiu. Percebe-se o porquê de tanto Ódio e Cobardia.
Mas o paradigma da Madeira brindou-nos ainda com o maior dos anacronismos: Um Presidente da República fútil, tendencioso e Inócuo. Uma sensação generalizada, que o senhor está ultrapassado e vencido pelo tempo. Na entrevista desta semana dos 100 dias de governo veio-nos comunicar que antes alertou para o descalabro da divida por culpa do anterior governo (Qual crise Internacional qual quê!), mas que agora tudo depende da Grécia e da evolução da crise Internacional. Ou seja ,depende agora da mesma crise que antes não existia! Depois diz que tinha avisado. Mas avisado se quê? Que o Sub prime iria induzir uma crise financeira numa crise económica á escala Global!? Mas qual era a substância dos avisos? Não entendo como é que a Irlanda , Espanha, Itália , Reino Unido , Estados Unidos e o resto de todos os outros Países, não seguiram os iluminados avisos do PR de Portugal. A seguir brinda-nos que o agora maior buraco da democracia Portuguesa, se resume a uma questão de estilo do Dr: Jardim (repita lá ,por favor !) . Quando lhe foi feita a pergunta relativamente ao facto dos impostos adicionais serem sobre o Rendimento , o sr: PR teve uma resposta absolutamente evasiva : « o problema de taxar os rendimentos tem a haver com a cultura histórica do legislador» Fiquei perplexo.
Outra ideia que nos brindou é que antes havia limites para os sacrifícios,…pois a culpa era do Sócrates! , agora já não há pois a culpa é da conjuntura! Nas comunicações que fez ao País (antes da queda do Governo) nunca referenciou a crise da Europa , mas agora defende algo notável : O BCE deve comprar divida dos Países periféricos duma forma ilimitada. Repito Ilimitada!!! Eu fiquei atónico, mas tenho a certeza e esperança, reforçando o que atrás mencionei, que os Líderes Europeus devem se preocupara tanto com o nosso PR , como eu próprio de algum tempo para cá : ou seja ,lixo.
Tantos e tantos queriam reinventar um clássico da Política : a suposta herança do Governo anterior. Afinal depois da poeira assentar, registam-se dois grandes desvios colossais: A Madeira (€1,2 b) e o BPN (€0,4b). Bom, não quero voltar á cor política , mas que existem algumas coincidências lá isso existem,…
Deixo-vos a minha avaliação dos primeiros 100 dias do novo Governo. Penso que é já possível fazer uma primeira avaliação, que com simpatia lhe atribuía um Suficiente (11 valores). Este é o “breakdown” : Paulo Campos (Muito Bom); Ministro da Finanças (BOM); Primeiro Ministro (Satisfaz +) ; Portas (Satisfaz), e a seguir um mar de mediocridade,…. Um Super Ministro da Economia desparecido, com dotes de Incapacidade. Pois é , não basta escrever um livro a partir do Canadá (Vancouver) no papel de profeta da desgraça ! Agora é preciso fazer e ter ideias. Pois, pois .
O da Educação tinha uma revolução para fazer ,…. mas esta semana desviou para outros fins o dinheiro destinado para os melhores alunos do secundário. Castigando o mérito! Pobres maquinas de calcular! Depois Miguel Relvas, brinda-nos com intervenções brilhantes como esta tirada: «estávamos empatados com a Grécia e agora descolamos» - quando um Político “pequenino “ , em tempos de crise e dificuldades, a única coisa que tem para dizer ao País é que eles são os bons e os outros eram os maus , é sinal de preocupação muito grave ,…
Volto a pedir aos meus amigos que não se acomodem
Participem, escrevam e colaborem com a vossa massa critica.
Um grande abraço
Joaquim
Não venham agora com a conversa a treta da Democratização da culpa. Não venham agora com o Tribunal de contas, INE, ou outros. Não democratizem a culpa quando esta tem um rosto. Não estendam responsabilidades Politicas quando estas têm uma cor. Não desculpabilizem, defendendo á boa maneira Portuguesa que afinal são todos iguais. Muitos achavam Graça. Só que esta Graça vai ficar agora muito cara. Não me parece é que os que contribuíram para o circo queiram agora pagar. Ou os que gostam deste espectáculo deprimente, estejam na frente dos sacrifícios para tapar o buraco. Penso que para além da tragédia financeira esta é uma questão de sanidade mental. Esconder despesa ao governo central e União Europeia é crime. É crime violar grosseiramente obrigações legais. E é eticamente deplorável. Mais ainda, quando confirmado que foi feito deliberamente, sem qualquer sinal de arrependimento, constrangimento ou vergonha. Isto não é autoritarismo, mas má educação. Não é uma forma de fazer Política, mas sim o caciquismo do pior da Política. Não é querer ser-se inimputável, mas sim grotesco e boçal. Não é querer ser-se engraçado, mas ser-se palhaço. Nem sequer é ser-se um básico de baixo nível com falhas de formação, mas sim um palerma.
E como é feita a defesa por toda esta entourage?! Pois bem, vou explicar e seguro que estarão de acordo. Qual é a velha técnica? Muito simples : criar um Inimigo comum. Um demagogo para arregimento das forças internas cria um inimigo comum. O Insulto passa a ser arma para gerar mais ódio , e esconder a própria mediocridade. Assim os que não alinham pelo discurso oficial são intitulados como os traidores. O tal inimigo comum foi, é, e será Jose Sócrates. Mas que grande homenagem ao ex. PM! Sem duvida que o azeite vem sempre ao de cima. Apenas um único Político repudiou a tempo este desastre. Sim, o mesmo que foi culpado pela crise interna e global (!). Sim, o mesmo que confrontou o lóbi cooperativista. Sim, o mesmo e único que quis inverter o Status Quo. Logo desagradou porque governou em circunstâncias tremendamente difíceis. O Homem que “carregou” sozinho a crise e as frustrações de muitos, para que o colapso fosse evitado, mas que não desistiu ou fugiu. Percebe-se o porquê de tanto Ódio e Cobardia.
Mas o paradigma da Madeira brindou-nos ainda com o maior dos anacronismos: Um Presidente da República fútil, tendencioso e Inócuo. Uma sensação generalizada, que o senhor está ultrapassado e vencido pelo tempo. Na entrevista desta semana dos 100 dias de governo veio-nos comunicar que antes alertou para o descalabro da divida por culpa do anterior governo (Qual crise Internacional qual quê!), mas que agora tudo depende da Grécia e da evolução da crise Internacional. Ou seja ,depende agora da mesma crise que antes não existia! Depois diz que tinha avisado. Mas avisado se quê? Que o Sub prime iria induzir uma crise financeira numa crise económica á escala Global!? Mas qual era a substância dos avisos? Não entendo como é que a Irlanda , Espanha, Itália , Reino Unido , Estados Unidos e o resto de todos os outros Países, não seguiram os iluminados avisos do PR de Portugal. A seguir brinda-nos que o agora maior buraco da democracia Portuguesa, se resume a uma questão de estilo do Dr: Jardim (repita lá ,por favor !) . Quando lhe foi feita a pergunta relativamente ao facto dos impostos adicionais serem sobre o Rendimento , o sr: PR teve uma resposta absolutamente evasiva : « o problema de taxar os rendimentos tem a haver com a cultura histórica do legislador» Fiquei perplexo.
Outra ideia que nos brindou é que antes havia limites para os sacrifícios,…pois a culpa era do Sócrates! , agora já não há pois a culpa é da conjuntura! Nas comunicações que fez ao País (antes da queda do Governo) nunca referenciou a crise da Europa , mas agora defende algo notável : O BCE deve comprar divida dos Países periféricos duma forma ilimitada. Repito Ilimitada!!! Eu fiquei atónico, mas tenho a certeza e esperança, reforçando o que atrás mencionei, que os Líderes Europeus devem se preocupara tanto com o nosso PR , como eu próprio de algum tempo para cá : ou seja ,lixo.
Tantos e tantos queriam reinventar um clássico da Política : a suposta herança do Governo anterior. Afinal depois da poeira assentar, registam-se dois grandes desvios colossais: A Madeira (€1,2 b) e o BPN (€0,4b). Bom, não quero voltar á cor política , mas que existem algumas coincidências lá isso existem,…
Deixo-vos a minha avaliação dos primeiros 100 dias do novo Governo. Penso que é já possível fazer uma primeira avaliação, que com simpatia lhe atribuía um Suficiente (11 valores). Este é o “breakdown” : Paulo Campos (Muito Bom); Ministro da Finanças (BOM); Primeiro Ministro (Satisfaz +) ; Portas (Satisfaz), e a seguir um mar de mediocridade,…. Um Super Ministro da Economia desparecido, com dotes de Incapacidade. Pois é , não basta escrever um livro a partir do Canadá (Vancouver) no papel de profeta da desgraça ! Agora é preciso fazer e ter ideias. Pois, pois .
O da Educação tinha uma revolução para fazer ,…. mas esta semana desviou para outros fins o dinheiro destinado para os melhores alunos do secundário. Castigando o mérito! Pobres maquinas de calcular! Depois Miguel Relvas, brinda-nos com intervenções brilhantes como esta tirada: «estávamos empatados com a Grécia e agora descolamos» - quando um Político “pequenino “ , em tempos de crise e dificuldades, a única coisa que tem para dizer ao País é que eles são os bons e os outros eram os maus , é sinal de preocupação muito grave ,…
Volto a pedir aos meus amigos que não se acomodem
Participem, escrevam e colaborem com a vossa massa critica.
Um grande abraço
Joaquim
segunda-feira, 28 de março de 2011
A apoteose da irresponsabilidade
O governo caiu. Compreendo o contentamento de alguns, pelo facto de governar significar cada vez mais desagradar. Mais evidente ainda nas circunstancias actuais onde não existe alternativa á austeridade. Mas outros rejubilam-se. Celebram, amplamente, aqueles que culpam sempre os outros e o Governo pelas suas próprias frustrações. Pelo seus auto insucessos. Mas até quando ? Não, não haja ilusões porque os que estão para vir vão ser as suas próximas vitimas. Os cobardes nunca assumem seja o que for, não tomam partido de nada, não dão a cara para não tirarem a cabeça da areia. O problema, meus amigos, é que as reformas necessárias neste país são suportadas pela linguagem de “ tasca “ que invade a comunicação social através daqueles que têm a responsabilidade de ser a suposta massa critica do País . É impossível para um Governo minoritário vencer esta mediocridade. Quando os cobardes são os analistas e os fazedores de opinião está decretada a ruína duma sociedade.
Estive na Alemanha a semana passada. A semana que acabou em crise politica. Acompanhei á distancia os acontecimentos, logo longe do ruído habitual. Ouvi e li a impressa internacional, mas também a opinião dos meus colegas locais . A perplexidade era total. Os mais entendidos que acompanham e investem nos mercados, falavam do impulso no euro e das bolsas após o programa de austeridade apresentado pelo governo Português ( pec iv). O euro valorizava, os juros da divida soberana baixavam. A execução orçamental ultrapassava as expectativas , com um “superavit” histórico . As expectativas da cimeira europeia eram boas com intuito do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) poder comprar directamente divida no mercado secundário, criando assim um tecto para os juros. A alternativa era (vai ser agora!) o FMI com juros acima dos 11% (como a Irlanda e Grécia). Tudo isto conjugado com o unanimíssimo coro de elogios de todas as instituições e quadrantes políticos : OCDE , União Europeia , Banco Mundial ,BCE, agências de notação financeira. Estava a ser bem feito o que devia ser feito.
Só que a seguir veio a bomba atómica. A oposição chumbava no parlamento o pec iv – na minha opinião, a apoteose da IRRESPONSABILIDADE. Foi como trabalhar duro, com muitos sacrifícios e a seguir morrer na praia. O castigo deveria ser severo, para que irrepetível. O senhor Presidente da Republica foi o primeiro incendiário desta tragédia, com aquele lapidar discurso de tomada de posse. Inédito discurso este, de um PR cheio de ódio. Faccioso em vez de aglutinador. Dividiu em vez de unir. Atacou em vez de reconciliar . Demagógico, ao pedir redução de despesa, mas com limite aos sacrifícios! Atacou o governo mas acabou por “entalar” e condicionar o PSD, não lhe dando qualquer espaço de manobra para negociar seja o que fosse. Tudo isto induziu na queda do governo. Veja-se o que aconteceu a seguir.... Não, os mercados não se enganam. As agencias de notação financeira cortaram dois níveis o rating do País, só com um único facto : a queda do governo. Pelos vistos só na mediocridade da opinião dos makers em Portugal é profetizava que o governo era o empecilho dos mercados ! (se não fosse trágico dava vontade de rir !) A Chanceler Angela Merkel fez uma violentíssima critica á oposição em Portugal . Estavam á espera de quê? Que sejam os contribuintes alemães a pagar pela irresponsabilidade dos meninos bonitos da oposição!? Ou será dos auto intitulados incorruptíveis e segundo os quais os outros têm que nascer duas vezes para lhe chegarem aos calcanhares !! Não penso que Cavaco fosse um mau Primeiro Ministro, mas tenho a certeza que está a ser um péssimo Presidente da Republica. O pior dos últimos. É ele o primeiro logo o principal responsável desta crise Politica.
Quando regressei e ainda no aeroporto liguei o radio. Não queria acreditar nas duas noticias que ocupavam o espaço mediático.
A primeira era que o líder da oposição , ainda com as orelhas a arder – pós raspanete em Bruxelas , defendeu a eventual subida do IVA . Como ? Então não tinha implorado uma semana atrás a redução da despesa do estado e proibição da subida de impostos ! Notável para quem ainda só está na oposição , mas já com tantas vertigens! Como já referenciei neste Fórum , penso que apesar de tudo Passos Coelho está um pouco acima da decadência progressiva dos últimos Lideres laranjas.
Mas a outra noticia era ainda mais Brutal : com um governo demissionário, apesar da ainda não dissolução da Assembleia da Republica pelo PR, a oposição no parlamento brinda-nos com a revogação da avaliação dos professores. Não cria acreditar em tal oportunismo Politico. Nem sequer se disfarça a caça ao voto corporativo e deferimento do interesse Nacional . Deixo as perguntas : como vão explicar aos professores que se esforçaram para ter boas notas ? Quem, partindo daqui, vai fazer reformas na educação? O poder ficou na rua e nos Sindicatos. A mensagem que fica é de Laxismo em vez de exigência. Facilitismo em vez de Ambição. Inacção em vez de Reformismo. Esta é a maior das ilusões, porque infantil e perigosa.
Sinceramente não me revejo neste patamar “reles”. A antítese e a solução é só uma : liderança forte. Esta não se cultiva, ajusta ou manipula. Ou se tem ou não tem. A mediocridade dos fazedores de opinião tentou “matar” este primeiro ministro , pare eles continuarem a sua carreira de suicídio para o país . Vou agora falar de Sócrates e da sua liderança .
Se ainda fosse hábito atribuir cognomes, Sócrates seria certamente recordado pelo de lutador.
Nenhum outro político, desde o 25 de Abril, sofreu tanto ataque, tanta censura, tanto ódio. Nenhum outro Politico foi tão determinado em inverter o status quo. Nenhum outro foi tão corajoso em enfrentar a corja dos interesses instalados e cooperativistas. Se não fosse brilhante não tinha resistido tanto tempo a gente que vive na chafurdice da intriga e da insinuação, e que têm como única arma para justificarem a sua própria nulidade, o ataque pessoal de quem avança e reforma . Atacar Sócrates dá direito a título em prol de vaidade pessoal. O resto dá sono. Aqui emerge Sócrates como um lutador , alguém que não cede ou abandona só porque é difícil ou impopular . Raros são os políticos com tamanha força de determinação. O que exaspera mais os seus opositores, pois a recente história portuguesa mostra como é mais fácil e compensador desistir. Fugir .
Tenho a certeza que depois de assentar a poeira, muitos farão a história. E aí irremediavelmente serão saudosistas do carisma de Sócrates como estadista. Veja-se, Sócrates quando chegou ao poder, o País estava em recessão e com uma crise orçamental. O país, não a Europa. A Europa estava em expansão económica. Nessa altura os Países do sul da Europa já tinham corrigido o padrão da economia. A nossa cadeia de valor assentava na mão de obra intensiva, sem valor acrescentado e competitividade. Assim, as nossa grandes referência eram a Grécia ( objecto de comparação e de lamurias) e a Irlanda ( esse grande modelo económico a seguir !) . Pois bem , chegamos a Março de 2011 , e o que aconteceu ?? A crise financeira mergulha a economia global na maior recessão da historia. Todos sem excepção (que não é novidade !) Nessa altura traçaram o destino do País. «que iria bater imediatamente na parede , que seria o primeiro a cair , que não iria existir dinheiro para pagar salários , e claro que a culpa da crise ( pasme-se !) era de Sócrates !etc,..etc» .
Pois bem, com a maior crise da história , com a necessidade de converter definitivamente o estrutura da economia e das exportações , com as reformas em curso na educação , saúde e administração publica , com um esforço simultâneo de investimento em energias alternativas e na modernização de país ( investimento significa Esforço agora ,para retorno no Futuro ), e com o ataque especulativo dos mercados ao euro , logo ás economias mais periféricas, .... Então o que aconteceu ? Qual foi resultado ? Todos esperavam o apocalipse ! Pois bem , o País resistiu e não entrou em bancarrota, nem foi resgatado . Não só não caiu, como foram os outros que se a afundaram. E porquê !!?? Porque Sócrates resistiu, lutou, trabalhou e puxou incondicionalmente pelo país. Procurou como uma energia impar o investimento externo , e a procura de diversificação da divida para aliviar os seus encargos . Tantas e tantas vezes era o único timoneiro, o resto, eram desculpas e incapacidade. Ou pura inveja e maledicência . Antes e depois do governo cair , convido os meus amigos a ler ou reler o que a imprensa internacional escreveu ( Wall Street Journal , FT , The NYT , WP , Die Zeit , Faz , El País, ABC, Figaro ,...). Estes não mudaram a tónica porquê o governo caiu, reconheceram-lhe mérito . Os mercados não são emotivos, mas brindam a competência. Cá dentro o importante era assassinar , ...o timoneiro. Sobram-me as palavras !!!!....
Fácil é falar mal . Ridículo é faze-lo permanentemente . Indecoroso é assumi-lo como uma cultura. Os que me conhecem bem, sabem que em nenhuma circunstancia me escondo. O que acabo de escrever é contra a maré, e o politicamente correcto. Fácil é ser-se pessimista e ir-se na onda . Ser-se optimista dá trabalho .
Não vejo a politica, como um clube de futebol . Se “mataram” o mais brilhante Politico da democracia Portuguesa , é-me agora indiferente quem vai ser ( á excepção de António Costa ) o novo Primeiro Ministro, seja : Passos Coelho , Francisco Assis , Rui Rio , Antonio Vitorino, Antonio Borges , Jose Seguro, Jaime Gama . Ou se quiserem num patamar de mediocridade : Ferreira Leite , Manuel Alegre , Marques Mendes , Maria Carrilho , Ana Gomes ,Aguiar Branco ,...
Deixo-vos, neste ultimo paragrafo, o pessimismo de um optimista – por isso conta muito.
Um grande abraço
Joaquim
Estive na Alemanha a semana passada. A semana que acabou em crise politica. Acompanhei á distancia os acontecimentos, logo longe do ruído habitual. Ouvi e li a impressa internacional, mas também a opinião dos meus colegas locais . A perplexidade era total. Os mais entendidos que acompanham e investem nos mercados, falavam do impulso no euro e das bolsas após o programa de austeridade apresentado pelo governo Português ( pec iv). O euro valorizava, os juros da divida soberana baixavam. A execução orçamental ultrapassava as expectativas , com um “superavit” histórico . As expectativas da cimeira europeia eram boas com intuito do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) poder comprar directamente divida no mercado secundário, criando assim um tecto para os juros. A alternativa era (vai ser agora!) o FMI com juros acima dos 11% (como a Irlanda e Grécia). Tudo isto conjugado com o unanimíssimo coro de elogios de todas as instituições e quadrantes políticos : OCDE , União Europeia , Banco Mundial ,BCE, agências de notação financeira. Estava a ser bem feito o que devia ser feito.
Só que a seguir veio a bomba atómica. A oposição chumbava no parlamento o pec iv – na minha opinião, a apoteose da IRRESPONSABILIDADE. Foi como trabalhar duro, com muitos sacrifícios e a seguir morrer na praia. O castigo deveria ser severo, para que irrepetível. O senhor Presidente da Republica foi o primeiro incendiário desta tragédia, com aquele lapidar discurso de tomada de posse. Inédito discurso este, de um PR cheio de ódio. Faccioso em vez de aglutinador. Dividiu em vez de unir. Atacou em vez de reconciliar . Demagógico, ao pedir redução de despesa, mas com limite aos sacrifícios! Atacou o governo mas acabou por “entalar” e condicionar o PSD, não lhe dando qualquer espaço de manobra para negociar seja o que fosse. Tudo isto induziu na queda do governo. Veja-se o que aconteceu a seguir.... Não, os mercados não se enganam. As agencias de notação financeira cortaram dois níveis o rating do País, só com um único facto : a queda do governo. Pelos vistos só na mediocridade da opinião dos makers em Portugal é profetizava que o governo era o empecilho dos mercados ! (se não fosse trágico dava vontade de rir !) A Chanceler Angela Merkel fez uma violentíssima critica á oposição em Portugal . Estavam á espera de quê? Que sejam os contribuintes alemães a pagar pela irresponsabilidade dos meninos bonitos da oposição!? Ou será dos auto intitulados incorruptíveis e segundo os quais os outros têm que nascer duas vezes para lhe chegarem aos calcanhares !! Não penso que Cavaco fosse um mau Primeiro Ministro, mas tenho a certeza que está a ser um péssimo Presidente da Republica. O pior dos últimos. É ele o primeiro logo o principal responsável desta crise Politica.
Quando regressei e ainda no aeroporto liguei o radio. Não queria acreditar nas duas noticias que ocupavam o espaço mediático.
A primeira era que o líder da oposição , ainda com as orelhas a arder – pós raspanete em Bruxelas , defendeu a eventual subida do IVA . Como ? Então não tinha implorado uma semana atrás a redução da despesa do estado e proibição da subida de impostos ! Notável para quem ainda só está na oposição , mas já com tantas vertigens! Como já referenciei neste Fórum , penso que apesar de tudo Passos Coelho está um pouco acima da decadência progressiva dos últimos Lideres laranjas.
Mas a outra noticia era ainda mais Brutal : com um governo demissionário, apesar da ainda não dissolução da Assembleia da Republica pelo PR, a oposição no parlamento brinda-nos com a revogação da avaliação dos professores. Não cria acreditar em tal oportunismo Politico. Nem sequer se disfarça a caça ao voto corporativo e deferimento do interesse Nacional . Deixo as perguntas : como vão explicar aos professores que se esforçaram para ter boas notas ? Quem, partindo daqui, vai fazer reformas na educação? O poder ficou na rua e nos Sindicatos. A mensagem que fica é de Laxismo em vez de exigência. Facilitismo em vez de Ambição. Inacção em vez de Reformismo. Esta é a maior das ilusões, porque infantil e perigosa.
Sinceramente não me revejo neste patamar “reles”. A antítese e a solução é só uma : liderança forte. Esta não se cultiva, ajusta ou manipula. Ou se tem ou não tem. A mediocridade dos fazedores de opinião tentou “matar” este primeiro ministro , pare eles continuarem a sua carreira de suicídio para o país . Vou agora falar de Sócrates e da sua liderança .
Se ainda fosse hábito atribuir cognomes, Sócrates seria certamente recordado pelo de lutador.
Nenhum outro político, desde o 25 de Abril, sofreu tanto ataque, tanta censura, tanto ódio. Nenhum outro Politico foi tão determinado em inverter o status quo. Nenhum outro foi tão corajoso em enfrentar a corja dos interesses instalados e cooperativistas. Se não fosse brilhante não tinha resistido tanto tempo a gente que vive na chafurdice da intriga e da insinuação, e que têm como única arma para justificarem a sua própria nulidade, o ataque pessoal de quem avança e reforma . Atacar Sócrates dá direito a título em prol de vaidade pessoal. O resto dá sono. Aqui emerge Sócrates como um lutador , alguém que não cede ou abandona só porque é difícil ou impopular . Raros são os políticos com tamanha força de determinação. O que exaspera mais os seus opositores, pois a recente história portuguesa mostra como é mais fácil e compensador desistir. Fugir .
Tenho a certeza que depois de assentar a poeira, muitos farão a história. E aí irremediavelmente serão saudosistas do carisma de Sócrates como estadista. Veja-se, Sócrates quando chegou ao poder, o País estava em recessão e com uma crise orçamental. O país, não a Europa. A Europa estava em expansão económica. Nessa altura os Países do sul da Europa já tinham corrigido o padrão da economia. A nossa cadeia de valor assentava na mão de obra intensiva, sem valor acrescentado e competitividade. Assim, as nossa grandes referência eram a Grécia ( objecto de comparação e de lamurias) e a Irlanda ( esse grande modelo económico a seguir !) . Pois bem , chegamos a Março de 2011 , e o que aconteceu ?? A crise financeira mergulha a economia global na maior recessão da historia. Todos sem excepção (que não é novidade !) Nessa altura traçaram o destino do País. «que iria bater imediatamente na parede , que seria o primeiro a cair , que não iria existir dinheiro para pagar salários , e claro que a culpa da crise ( pasme-se !) era de Sócrates !etc,..etc» .
Pois bem, com a maior crise da história , com a necessidade de converter definitivamente o estrutura da economia e das exportações , com as reformas em curso na educação , saúde e administração publica , com um esforço simultâneo de investimento em energias alternativas e na modernização de país ( investimento significa Esforço agora ,para retorno no Futuro ), e com o ataque especulativo dos mercados ao euro , logo ás economias mais periféricas, .... Então o que aconteceu ? Qual foi resultado ? Todos esperavam o apocalipse ! Pois bem , o País resistiu e não entrou em bancarrota, nem foi resgatado . Não só não caiu, como foram os outros que se a afundaram. E porquê !!?? Porque Sócrates resistiu, lutou, trabalhou e puxou incondicionalmente pelo país. Procurou como uma energia impar o investimento externo , e a procura de diversificação da divida para aliviar os seus encargos . Tantas e tantas vezes era o único timoneiro, o resto, eram desculpas e incapacidade. Ou pura inveja e maledicência . Antes e depois do governo cair , convido os meus amigos a ler ou reler o que a imprensa internacional escreveu ( Wall Street Journal , FT , The NYT , WP , Die Zeit , Faz , El País, ABC, Figaro ,...). Estes não mudaram a tónica porquê o governo caiu, reconheceram-lhe mérito . Os mercados não são emotivos, mas brindam a competência. Cá dentro o importante era assassinar , ...o timoneiro. Sobram-me as palavras !!!!....
Fácil é falar mal . Ridículo é faze-lo permanentemente . Indecoroso é assumi-lo como uma cultura. Os que me conhecem bem, sabem que em nenhuma circunstancia me escondo. O que acabo de escrever é contra a maré, e o politicamente correcto. Fácil é ser-se pessimista e ir-se na onda . Ser-se optimista dá trabalho .
Não vejo a politica, como um clube de futebol . Se “mataram” o mais brilhante Politico da democracia Portuguesa , é-me agora indiferente quem vai ser ( á excepção de António Costa ) o novo Primeiro Ministro, seja : Passos Coelho , Francisco Assis , Rui Rio , Antonio Vitorino, Antonio Borges , Jose Seguro, Jaime Gama . Ou se quiserem num patamar de mediocridade : Ferreira Leite , Manuel Alegre , Marques Mendes , Maria Carrilho , Ana Gomes ,Aguiar Branco ,...
Deixo-vos, neste ultimo paragrafo, o pessimismo de um optimista – por isso conta muito.
Um grande abraço
Joaquim
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