Não observo a Política como a maioria segue um clube de Futebol.
Em Política não torço pelos políticos que simpatizo, como inevitavelmente o faço pelo meu clube. O futebol mexe com emoções. É irracional. A política traduz pragmatismo e capacidade (ou não) na resolução de problemas. O idealismo em Política não resolve, hoje, nenhum desses problemas. Idealismo soa-me a “romantismo”. A fractura ideológica desmoronou-se com a queda do muro de Berlin. E ainda bem, reitero aqui. O comunismo falhou ideologicamente. E falhou porque assentava num Modelo teórico e empírico, que não respeitava as liberdades individuais. Mas é na Social Democracia (variante do Socialismo Democrático) que encontramos o melhor standard de vida do planeta. Facilmente se percebe que o mesmo é efectivo nos Países nórdicos. Olof Palm é na minha opinião o expoente máximo e fundador desse Modelo Social e Economico.
Ora, não me chocou o governo de Pedro Passos Coelho se ter apresentado ao eleitorado como um governo com ímpeto Liberal.(mas não Ultra Liberal ). Ou seja, promover a competitividade, criar riqueza, reduzindo o peso do estado ( na sua vertente empresarial ) e se possível reduzir impostos. Aposta no empreendedorismo para gerar riqueza. Mais Iniciativa privada, traduziria mais receita fiscal e assim permitiria mais bem estar e maior preocupação social. Foi este o “segredo” do sucesso dos Países Nórdicos : primazia pela competitividade da economia , para assim promover o investimento publico na saúde e na escola publica. Um Modelo progressista, porque promove a igualdade de oportunidades e o talento. O resultado é inequivocamente um patamar ultimo de bem estar social.
Pois bem, passados dois anos deste governo, e sem entrar num lugar comum, parece que tudo foi feito ao contrario. Impostos em vez de competitividade. Empobrecimento em vez de crescimento e geração de riqueza. Mais Divida. Impostos, é a principal marca deste governo. Curioso, pois o resolver problemas com Impostos, traduz na minha opinião o pior da ortodoxia socialista/comunista. O falhanço é total. Agora também inquestionável, pois foi confirmado formalmente pela demissão do ministro Gaspar. O principal executor desta política , foi o mesmo que admitiu o seu fracasso. E porque Gaspar não é um Político, elogie-se a sua lucidez com que admitiu o falhanço. Quem ousa agora dizer que esta política estava certa ? provavelmente os míopes . Sim , só e apenas aqueles que olham para a Política como o fazem em relação ao seu Clube de Futebol.
Não existe nada mais popular do que fazer um discurso contra os Políticos. Todos aprovam, ninguém contesta. Nunca gera contraditório. Ora, esse é um problema. A Pura maledicência não incute pensamento critico. Ao contrario , faz um nivelamento por baixo. Porque “bater” nos políticos desculpa tudo o resto. A verdade é que quase toda a gente se auto julga melhor do que efectivamente é .Como é que muitos justificariam as suas frustrações profissionais se não existissem políticos para se desculparem? Como explicariam os insucessos pessoais? Deixo-vos uma reflexão e uma pergunta : Quantas casos conhecem de pessoas a fazerem auto critica , ao reconhecer erros , para assim melhorarem a sua performance? Não, o caminho fácil, é dizer que a culpa é dos outros. Ou seja, quase sempre dos Políticos.
Pois ,vou aqui , “falar bem” de dois políticos. É a divulgação dos bons exemplos que traduz valor acrescentado num País debilitado na sua massa critica. Consigo no actual contexto desvendar aquela que julgo ser uma solução para o País. Sou dos que não acreditam no “Sebastianismo” . Mesmo assim olho para os políticos actuais, e julgo conseguir desvendar uma solução para o País. A primeira passa , paradoxalmente , por uma personagem deste actual governo : Paulo Macedo. A segunda, é complementar e não antagónica. Refiro-me a Antonio Costa. Não deslumbro miguem melhor no actual contexto, e explico a seguir porquê.
Perante um Governo que não cumpre um só objectivo, que é inerte em mudar o rumo , e que sendo incapaz de mobilizar as pessoas e a Economia , defendo uma solução análoga á instituída em Itália pela via de Mário Monte. Ou seja, nomear um tecnocrata para gerir o país num período transitório até ás próximas eleições legislativas. Paulo Macedo é na minha opinião o único com competência capaz de executar um programa com estas características. Seria interessante ver uma reforma efectiva da administração publica, e o seu empenho na renegociação do memorando. Paulo Macedo é um reformador. Num governo de nível de competência baixo , Paulo Macedo brilha com nota elevada. É quase ridículo compara-lo com os seus actuais parceiros do Governo, como por exemplo com o desastre de Crato na pasta da educação. Diria sem exagero, Paulo Macedo, é o melhor Ministro de sempre da Democracia Portuguesa. E englobo aqui todas as pastas. Paulo Macedo é um Político “low profile” , mas amplamente eficaz . Não gere em função da “espuma” dos acontecimentos. É objectivo e Pragmático . É um reformador. Apresenta obra com recursos escassos. Logo Resultados e não desculpas. É difícil a pasta da Saúde , numa altura de constrangimentos financeiros. Mas Paulo Macedo tem apresentado uma Performance assinável. Boa gestão de recursos , com o focos na eliminação de desperdícios. É o único ministro que incutiu a necessidade de fazer mais com menos recursos. Repito, fazer mais com menos recursos. São diversos os exemplos bem sucedidos , e que não são assinalados pela comunicação social . Antes de ser Ministro fez um notável trabalho no combate á evasão fiscal. Como Ministro negociou com os médicos, e ganhou o utente. Existe agora uma melhor cobertura de médicos de família. O tempo médio de uma cirurgia caiu para 3 meses, com Paulo Macedo. Esta é uma história de sucesso e invulgar. Porque, em circunstâncias tremendamente difíceis e com um programa de assistência financeira, não se desmantelou o serviço publico , mas sim melhorou-se. Relembro uma realidade não muito distante : duas décadas atrás era assustador entrar num hospital publico. Os que podiam procuram os privados. Hoje é o Sistema Nacional de Saúde que apresenta as melhores valências. E todos procuram esse serviço, em primeira mão. Este é um extraordinário exemplo a seguir. Porque desmistifica o erro de se pensar que o que é publico não serve, ou que os problemas se resolvem deitando dinheiro para cima dos mesmos. Não, os problemas resolvem-se com competência.
Falo agora de Antonio Costa. A democracia e os políticos estão longe de ser um modelo perfeito. Mas toda a gente percebe que não existe um melhor modelo alternativo. Por isso, a tecnocracia que acima menciono, funciona como uma fase de transição. Não mais que isso. Ora, temos que voltar invariavelmente á Política. Para Governar Portugal, não descortino melhor opção que Antonio Costa como Primeiro Ministro. Não deslumbro ninguém mais competente. Ninguém mais capaz para tomar conta do difícil desígnio que é governar o País. Porquê Antonio Costa é um político experiente. Um negociador. Tem obra feita. É credível. É convicto e determinado. Tenho amigos de todos os quadrantes Políticos, e sem excepção todos reconhecem Antonio Costa, como preparado e competente para Governar. Alguns desses meus amigos também referenciam Rui Rio, como capaz. Talvez, tendo também a concordar, mas elejo Antonio Costa ´como o melhor. É também comum dizer-se que foi o melhor Ministro da Justiça em Democracia. Como Autarca a sua obra é de relevo. Todos os que moramos Lisboa notam um dinamismo apreciável . Lisboa está na moda . Está hoje inundada de turistas. A oferta é de qualidade. A requalificação da cidade é notória (veja-se o que está a acontecer na Ribeira das Naus) . E muito importante, equilibrou as finanças Municipais. Conheço fornecedores que antes da eleição de Costa , estavam desesperados com o incumprimento dos prazos de pagamento da Câmara. Hoje pelo menos “respiram” na questão do fundo de maneio.
De Antonio Costa não ouvimos criticas fáceis ou fúteis. Antonio Costa é brilhante no seu pensamento político. Porque fundamenta, mesmo quando critica. Porque quando critica aponta um caminho alternativo. Porque é credível e não Demagógico. Porque define um pensamento estruturado, logo consistente. Porque é um excelente negociador, evitando a paralisia de um projecto. Porque é um progressista e não retrógrada. Porque é pragmático, logo com obra exequível. Porque é eficaz, logo com Resultados . Porque é consequente. Porque é competente.
Desejo que tenha uma vitória contundente nesta eleição Autárquica. Todos percebemos a importância de Lisboa, mas esta parece já “curta” para o talento de Costa. Se os melhores devem chegar ao topo, então, Antonio Costa governará em breve. Ao contrário do futebol que haverá sempre vencidos e vencedores, em Política todos podem ganhar ( excepto as “claques” partidárias). Paulo Macedo e Antonio Costa é a formula que sugiro. Diferentes , mas complementares. Diferentes, mas ambos preparados. Diferentes, mas ambos elevadamente competentes.
Um abraço a todos
Joaquim
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
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