Na bem sucedida campanha eleitoral de Bill Clinton em 1992, contra a eventual reeleição de George Bush (Pai) , James Carville ficou celebre com a citação «É a económica, estúpido» . Esta máxima garantiu o seu lugar no panteão das citações Universais. Daqui estabeleço uma analogia para a nossa “Praça” que gostaria que fosse igualmente eficaz. Calma, não tenho essa pretensão. Mas vou-vos dar um exemplo bem elucidativo do pior que o nosso País tem. Que tem e continua a produzir em grande escala.
João Duque é conhecido por todos, por nos entrar todos os dias em casa pela via SIC - Noticias, ou em qualquer outro filme de terror juntamente com Medina Carreira. Mostra-se com uma posse superior. Fala calmamente, pois pensa estar num nível superior. Apresenta-se enfadado com País, pois este tornou-se pequeno para o seu talento. Chateado de ter nascido num País que não o ouve. Constrangido com as banalidades dos outros. Já não cabe no País, pois o mesmo não está a altura de compreender a sua genialidade.
Bom, passemos então ao seu notável contributo. Pensava eu que lá chegava pela via dos meus conhecimentos em Economia. Mas não é preciso nenhum descodificador. Tenta a táctica de bem falante, mas a substância do seu discurso é nula. Inócua no conteúdo. Inchado do seu background, mas fútil na mensagem. Indignado com a sociedade, mas usa-a para as suas teorias esotéricas e Imbecis. Não há uma ideia. Uma explicação sequer. Uma Fundamentação. O único output é falar mal de quem acrescenta valor e tem Iniciativas. A sua arma é a cultura da maledicência. Na sua cabeça, comparado com o seu talento tudo é mau no País: Governantes, Gestores, os empresários, os trabalhadores, O Don Afonso Henriques, a geografia do território, a Industria do futebol, os Banqueiros, as auto estradas, as barragens, os barrocos,…. Afinal quem é o pacóvio? “É a competência, estúpido.”
Para ficarmos esclarecidos e elucidar o ridículo, pelo menos uma vez na vida João Duque foi convidado pelo Primeiro Ministro a trabalhar. Repito trabalhar, não falar mal. Foi convidado para coordenar um grupo de trabalho na definição de serviço publico de televisão. O resultado é publicamente conhecido : Um desastre. Á apoteose da irresponsabilidade. Medíocre na capacidade de Gestão de recursos. Trapalhada na coordenação do grupo que encabeçava. Nem sequer o trabalho de casa foi feito, em previamente diagnosticar os “Issues” e estudar os devidos dossiers. A taxa de reprovação da opinião publica foi total, não me lembro de tanto Unanimismo. Já me esquecia de referenciar o extraordinário resultado deste “task team” – passo a citar João Duque : « A RTP Internacional deve ser filtrada e trabalhada pelo Governo » . Será que este senhor se referia ao Burkina Faso !?. Senão, então João Duque percebe tanto de Economia como o Emplastro do dossier de Privatização da RENE ! Com todo o respeito para o Emplastro que também nos entra em casa quase todos os dias, mas que não incomoda ninguém, muito menos produz tele lixo. “É a competência, estúpido.”
Este Senhor é uma nulidade como Gestor. O grande paradoxo é como ser possível liderar uma instituição como o ISEG! Como é possível tanta incompetência!? O que é possível é a grande “lata”. Depois de lhe ter caído a mascara voltou ao seu emprego garantido! Pudor e vergonha não fazem parte do seu léxico dos profetas da Desgraça. “É a competência, estúpido.”
O problema, meus amigos, não é João Duque ser incompetente. O problema é a notoriedade que lhe é concebida. E essa notoriedade é o resultado da estratégia dos medíocres : atacar tudo e de todos, e nivelar tudo por igual. Mais, o problema do País não é João Duque, o problema do País são a infinidade de João Duques que a sociedade está a produzir. Tenho referenciado vezes sem conta esta catástrofe cultural. Esta catástrofe não é temporária, é transversal á sociedade Portuguesa. A ausência de massa critica em contraponto com a cultura da maledicência. É esta a maior crise do Pais. Não depende de ciclos ou da conjuntara externa. Não tende a diminuir, expande-se. E porque inimputável justifica o desastre a que chegamos. “É a competência, estúpido.”
Um abraço
Joaquim Marques
sábado, 4 de fevereiro de 2012
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